Satar Salvado já não é treinador do Desportivo de Maputo quatro meses depois de assumir o cargo. Paulo Ratilal cedeu à pressão exercida pela Raça Alvinegra, a claque do clube.
Texto: Redacção OC
Aos factos. Um grupo de adeptos do clube, membros da claque Raça Alvinegra – e por sinal sócios – solicitou a 20 de Agosto último um encontro com a direcção executiva liderada por Paulo Ratilal, com o propósito de analisar a vida do clube, diante de tão poucos resultados conseguidos pela equipa principal no Moçambola2021.
O encontro acabou tendo lugar no sábado, 04 de Setembro, na residência de um dos sócios, precisamente nas imediações do Estádio Nacional do Zimpeto. Nele, o referido grupo exigiu, por um lado, a saída imediata do treinador Salvado Satar.
Por outro, “a contratação de um técnico com créditos firmados, que seja conhecedor da casa, com capacidade de tirar o clube da zona da despromoção”.

Face às exigências, a direcção franziu o nariz e, não sendo possível cumprir com as mesmas, à data, os sócios chamaram a si a iniciativa de estabelecer um prazo para o afastamento de Satar Salvado: até às 12 horas de segunda-feira, 06 de Setembro.
Em sentido contrário, findo o prazo forçariam a queda em bloco da direcção e a convocação de novas eleições, nas quais Paulo Ratilal nem deveria concorrer. Advertiram.

E foi para evitar uma nova crise na gestão do clube que a direcção decidiu fazer as vontades dos sócios e rescindir, na manhã desta segunda-feira, 06 de Setembro, o contrato do jovem treinador.
Refira-se que Satar Salvado assumiu o comando técnico do Desportivo de Maputo a 05 de Maio último, após a morte de Rogério Marriani. Deixa o emblema na antepenúltima posição da tabela classificativa, com 15 pontos. [OC]