Para solidificar AMID: Adão Matimbe quer coesão da classe jornalística

Candidatou-se e não desistiu. Foi às urnas e venceu com números que não deixam dúvidas: 50 votos a favor, de um universo de 62 votantes. Conduzirá os destinos da AMID-Associação Moçambicana de Imprensa Desportiva no triênio 2019-2022.

Chama-se Adão Eugénio Matimbe, o repórter que, na história, figurará como o primeiro presidente da AMID, uma agremiação que congrega jornalistas desportivos moçambicanos. É naturalmente jornalista de profissão, afecto à Rádio Moçambique – basicamente no canal desportivo. Mas também é docente universitário e por ele passa(ra)m muitos comunicadores do ontem, hoje e amanhã.

Foi eleito esta sexta-feira, 12 de Julho, num corrida em que viu o seu adversário, Sérgio Macuacua, a retirar a candidatura por entender não existirem condições para que a eleição fosse livre, justa e transparente. De resto, um facto que incomodou o já eleito presidente da AMID, na sua primeira aparição como tal.

É uma situação que claramente diluiu as intenção de uma classe que se pretende coesa. Esta é uma associação de todos, na qual vamos trabalhar em prol do bem comum, que é dos jornalistas desportivos”.

Assunto ultrapassado, até porque Adão Matimbe é pela inclusão da família do jornalismo desportivo, tal como esclareceu de forma reiterada. Voltemos então à AMID e ao que o novo líder dos jornalistas desportivos disse pretender que seja da agremiação, nos próximos três anos.

Solidificar a nível nacional Internacionalizar a AMID

Para Adão Matimbe, esta associação deve ser uma marca, diga-se, registada no País e no plano continental. Para isso..

Vamos accionar parceiros angolanos que têm sido bastante proactivos. Vamos aproveitar a janela de oportunidade e a possibilidade que os angolanos têm, na qualidade de vice-presidentes do fórum de jornalistas desportivos de África, para nos puxarem até aos corredores da instituição continente”.

E não só. O primeiro presidente da AMID referiu que irá igualmente encetar contactos com a congênere brasileira e portuguesa para que as mesmas transmitam a sua experiência aos moçambicanos.

A carteira profissional para conferir dignidade ao jornalista desportivo

Sobre um dos pontos que concentrou o debate eleitoral, relacionado com a carteira profissional, pessoalmente conversei com pessoas que fazem parte de vários movimentos sindicais e de associações profissionais. Compreendi que é, afinal, possível institucionalizar a carta profissional para jornalistas desportivos, enquanto a nível macro [com o Sindicato Nacional de Jornalistas] discute-se a carteira profissional para o jornalista moçambicano. É uma espécie de credencial para que a classe possa trabalhar dentro de condições dignas e que seja devidamente respeitada”, manifestou o candidato eleito para a primeira direcção executiva da AMID.

Execução do Mandato

Para Adão, tudo o que faz parte do seu manifesto é para ser executado. É para isso que foi eleito. No entanto, assume que são enormes os desafios que se impõem a esta associação que gatinha para dar o seu primeiro passo.

Tudo o que me propus a fazer não são coisas imediatas. Mas são passos que podermos dar, paulatinamente, em prol da AMID. São três anos de muito trabalho, sobretudo de assentar as bases para que possamos trabalhar”, referiu.

Por fim, o novo líder dos jornalistas desportivos moçambicanos falou da necessidade de a AMID dispôr de um espaço próprio, visto que actualmente opera numa sede provisória, na delegação do jornal Diário de Moçambique em Maputo.

Iremos em breve reunir com o Sindicato Nacional de Jornalistas a ver se nos ela nos cede um espaço que servirá de sede da Associação Moçambicana de Imprensa Desportiva”, manifestou Adão Matimbe, agora presidente da AMID.

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