Trata-se de Martins Garrine, que obteve a licença ao abrigo do novo Regulamento de Agentes de Futebol da FIFA aprovado em Dezembro de 2022, em Doha, Qatar. Junta-se, assim, a Zuneid Sidat.

Texto: David Nhassengo

Para todos os efeitos, Martins Garrine beneficiou da isenção aos exames a que têm direito todos os intermediários registados, como tal, na Federação Moçambicana de Futebol (FMF) desde 01 de Abril de 2015, conforme determina o novo regulamento.

Para a obtenção da licença, ao agente – depois de comprovado o seu registo pelo FMF – cabia apenas efectuar o pagamento da comissão anual de agenciamento à FIFA, fixada em 600 dólares norte-americanos, perto de 40.000 meticais.

Com esta proeza maravilhosa, Martins Garrine junta-se, assim, a Zuneid Sidat, agente que também obteve a licença favorecido por aquele dourado critério que premeia, na verdade, a antiguidade na legalidade.

Sidat é um dos dois agentes de nacionalidade moçambicana e residentes em Portugal a que OC avançou terem obtido a licença no quadro do novo regulamento. Ainda não é conhecida a identidade do terceiro, mas sabe-se que vive em Lisboa.

Onze moçambicanos vão a testes a 20 de Setembro

A FMF agendou – finalmente – para 20 de Setembro próximo a realização de exames para candidatos a Agentes-FIFA inscritos na plataforma daquele organismo internacional e que elegeram Moçambique como o seu local de residência.

Com as inscrições abertas de 01 de Maio a 31 de Julho, OC sabe que estão inscritos – até à data deste artigo – um total de onze candidatos, todos eles moçambicanos. O exame terá lugar na sala Ferdinand Wilson, sede da federação.

Refira-se que ao abrigo do novo regulamento, este que entra em vigor no dia 01 de Outubro de 2023, todo o Agente-FIFA licenciado (e, por isso, registado no sistema daquele organismo internacional) passa a ter, entre outros, o direito de agenciar jogadores de qualquer parte do mundo, não limitando a sua actividade à federação a que esteja registado ao abrigo do regulamento de 2008.

De recordar que os clubes e os atletas que se meterem com agentes não licenciados serão severamente castigados pela FIFA, com penas que vão desde multas até à suspensão da actividade desportiva. (OC)

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