O emblema canarinho convocou a imprensa esta terça-feira, 25 de Abril, para contestar a actuação dos árbitros que, a seu ver, contribuíram para as duas derrotas neste arranque da presente edição do Moçambola. Pediu, adiante, a intervenção da PGR!
Texto: Redacção OC
Conforme avançou Jeremias da Costa, vice-presidente daquela colectividade, a turma Canarinha foi severamente prejudicada pelos árbitros nos primeiros dois encontros do Moçambola2023, ante do Ferroviário de Quelimane e a Associação Black Bulls.
“O Costa do Sol considera que, com uma arbitragem isenta, que não tivesse tomado partido, os resultados que se registaram, que foram derrotas por 1-0 em ambos os jogos, seguramente não teriam se verificado”, disse.
Para fundamentar este entendimento, Jeremias da Costa trouxe em evidência os lances ocorridos nas duas partidas, destacando a grande penalidade que ditou a vitória do Ferroviário de Quelimane e uma outra que alegadamente deveria ter sido marcada, já a favor do Costa do Sol, contra a Black Bulls.
“O árbitro assistente, o senhor Momed Tembe, que fazia o acompanhamento dos ataques do Ferroviário de Quelimane, não vislumbrou nenhuma infracção no lance. Mas, no mesmo lance, depois de uma hesitação, o árbitro principal, Fernando Júnior, sem grande convicção, assinalou para a marca de grande penalidade”, relatou, ajuntando que “em nenhum momento a bola bateu na mão ou braço de um jogador nosso”.
Na mesma partida, disputada em Quelimane, o dirigente fez saber que o Costa do Sol ainda marcou um golo que, “sem justificação, foi anulado pela equipa de arbitragem. No lance, não vislumbramos uma infracção que justificasse a anulação do nosso golo, quer tenha sido um fora-de-jogo ou uma falta ofensiva”.
Ainda nesta linha, o dirigente não poupou ataques à imprensa por não ter feito referência a este golo anulado, considerando por isso que a mesma foi parcial.
“Julgamos que um golo marcado, quer anulado ou validado, pela significância que tem no jogo, deve merecer destaque nas crónicas de qualquer reportagem jornalística. Lamentavelmente, no caso do jogo com o Ferroviário de Quelimane, as reportagens da imprensa não fazem referência ao golo anulado ao Costa do Sol. Esta sonegação de informação visa, a nosso ver, ocultar os factos ocorridos em campo”, visou.

Um vermelho e grandes penalidades perdoados à Black Bulls
Já nos factos ocorridos no caseiro encontro diante da Black Bulls, o Costa do Sol começou por denunciar o defesa dos Touros, Chamboco, por alegadamente ter, ostensivamente, agredido o avançado Mbulu.
“A agressão foi tão notória que julgamos que o árbitro da partida, o senhor Filimão Correia, ficou de expulsar o jogador da ABB com um cartão vermelho”, constatou.
Narração contínua. “Na segunda parte, Isac sofreu duas faltas em simultâneo do defesa Nenê, já dentro da grande área. Mas, escandalosamente, o árbitro não assinalou para a marca de grande penalidade”, sublinhou, chegando a acusar o árbitro de ter sido permissivo para com os atletas dos Touros que, segundo relatou, por um lado iniciavam jogadas antes da autorização daquele e, por outro, porque demoravam tempo exagerado para a reposição da bola.
Um apelo à intervenção superior para o resgate da verdade desportiva
Diante dos factos narrados, Jeremias da Costa apelou à intervenção das entidades que superintendem o futebol nacional, nomeadamente a Federação Moçambicana de Futebol, a Liga Moçambicana de Futebol, bem como a CNAF e, ainda, o Governo, através da Secretaria de Estado de Desporto, “para que considerem de grave os actos que atentam para a verdade desportiva e sancionem quem os pratique, sob pena de as actuações tendenciosas da arbitragem e as reacções negativas dos seus agentes, imprensa e dos adeptos, prejudicam gravemente a credibilização da indústria do futebol, com impacto na cadeia de valores e da economia nacional”.
Jeremias da Costa terminou a conferência de imprensa solicitando uma intervenção da Procuradora-Geral da República (PGR) pois, no passado, esta entidade recebeu denúncias de falseamento da verdade desportiva envolvendo árbitros.
“Já houve nomes de árbitros entregues à PGR e não sabemos se o processo está ainda em investigação ou está na gaveta. Solicitamos, por isso, que se resgate esse processo ou se iniciem outros em que haja indícios de falta de verdade desportiva para que possamos assegurar que o resultado é aquele que as equipas fizeram no jogo e não o resultado combinado com uma terceira equipa”, apelou o vice-presidente do Costa do Sol, que todavia não permitiu perguntas dos jornalistas presentes no evento.
De recordar que, decorrente das duas derrotas, o Costa do Sol ocupa a última posição da tabela classificativa do Moçambola2023. Sem pontos e sem golos marcados. [OC]
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