FUTEBOL:: Árbitros criam associação para (auto)defesa dos seus interesses!

Foram esta terça-feira, 25 de Abril, em Maputo, empossados os órgãos sociais da nova Associação Moçambicana Árbitros de Futebol (AMAF), um organismo recém-criado para a defesa dos interesses dos “homens do apito” no País.

Texto e Fotos: David Nhassengo

Legalmente constituído a 09 de Março último por despacho da Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, o organismo será presidido pelo antigo árbitro, Arão Júnior, eleito pelos seus associados para dirigir a agremiação pelos próximos 5 anos.

A AMAF é um organismo associativo que vem para lutar pela defesa dos interesses dos árbitros e dos antigos árbitros, de modo a que a classe seja menos falada, segundo explicou Arão Júnior.

A nossa acção incidirá sobre a melhoria da qualidade dos arbitragem em Moçambique, de modo a que os árbitros cometam cada vez menos erros”, avançou Arão Júnior, explicando que, para este efeito, a sua agremiação deverá trabalhar na componente psicológica da classe, visto que dúvidas não restam para ninguém de Moçambique tem bons árbitros.

Num outro desenvolvimento, Arão Júnior tratou de despejar dúvidas sobre quaisquer conflitos com a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) que, segundo se falava à boca pequena, estariam por detrás da criação desta associação.

A AMAF não veio para disputar o lugar com ninguém. Nem com a CNAF. Aliás, ela (CNAF) tem a missão de gerir a arbitragem dos jogos das provas nacionais, no que diz respeito à nomeação e realização de análises técnicas da actuação dos árbitros. Nós, como associação, trabalharemos com os árbitros na sua componente social, querendo melhorar a qualidade do trabalho deste profissional indispensável no futebol”, encerrou.

A AMAF deve definir o perfil do árbitro

Intervindo na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais, o presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Faizal Sidat, começou por enaltecer a criação da AMAF na medida em que, segundo referenciou, contribuirá para a dignificação de um profissional que mesmo sendo a figura central de um jogo, a sua função tem alimentado polémicas a cada falta assinalada.

Adiante desafiou os corpos gerentes ora eleitos para urgentemente reflectirem e definirem o perfil do árbitro moçambicano.

Vocês devem discutir isso, dizerem-nos o que é que querem. Ademais, digam-nos que modelo de formação de árbitros mais se adequa à nossa realidade e como pretendem que as acções de formação sejam feitas. É este o desafio que vos lanço”, manifestou Sidat, este que aproveitou a ocasião para garantir total apoio da federação para a nova agremiação, bem como prometer intercâmbios internacionais para efeito de actualização das leis de jogo.

Já Amílcar Jussub, presidente da Associação de Futebol da Cidade de Maputo, entidade que apadrinhou a criação deste organismo, instou a direcção da AMAF a dignificar a classe de arbitragem pois, segundo referiu, “o sucesso do futebol moçambicano também depende da existência de bons árbitros”. [OC]


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