O sub-capitão dos Mambas reagiu esta segunda-feira, 27 de Março, às notícias postas a circular sobre uma alegada discussão com o selecionador nacional, no intervalo do desafio diante do Senegal, em Dakar. Zainadine desmentiu as acusações, pediu paz e também esclareceu sobre o sucedido.

Texto e Foto: David Nhassengo

Falando na véspera do treino do combinado nacional, o defesa central começou por desmentir as informações postas a circular sobre a alegada discussão com o seleccionador, atribuindo-as a categoria de falsas. “Como capitães ficamos passados pois não esperávamos uma notícia destas na véspera de um jogo importante”, disse.

“É de todo falso que, como capitão, tenha discutido com o selecionador nacional e que eu tenha andado distante do grupo porque estava chateado com ele. Isso não constitui a verdade”, acrescentou.

Sobre o que realmente sucedeu no balneário, Zainadine Júnior explicou que ao intervalo, mas já dentro do balneário, todos estavam naturalmente tocados com a desvantagem de 4-0. Vai daí que “houve uma situação de exaltação, na qual o treinador estava visivelmente chateado, o que é perfeitamente natural, pois perdíamos o jogo. Ele [o selecionador] falou com todos nós dentro do balneário e não há quem tenha respondido”.

Acto seguinte. Terminado o jogo – continuou o atketa – “a equipa foi ao jantar e eu também fui. Depois disso houve uma conversa normal entre os capitães e a equipa técnica por conta de uma situação ocorrida no jogo, o que é absolutamente normal que aconteça em todas as equipas de futebol. Vão compreender que há certas coisas que ocorrem durante l jogo que mais tarde devem ser discutidas, até para efeito de uma reflexão futura”.

“Portanto, é mentira que eu tenha dito ao mister para não me colocar a jogar na segunda parte. Em momento algum…”, rematou o central, que também negou a existência de uma relação de crispação entre ele e Chiquinho Conde.

“Tenho uma relação de respeito e consideração para com o mister Chiquinho. Converso sempre com o ele e ainda ontem, durante a viagem, chegamos ao Aeroporto Internacional de Mavalane juntos”.

“Queremos trabalhar em paz!”

Numa outra abordagem, o internacional moçambicano reivindicou o respeito a todos os intervenientes da selecção nacional pois, alegou, “estão neste momento focados em garantir o apuramento para o CAN2023”.

“O nosso apelo, como capitães, é mesmo este: que parem de inventar coisas para desestabilizar o balneário. Estamos neste momento focados no jogo. Que nos deixem trabalhar em paz e que parem de criar problemas que não existem”, instou.

Por fim, Zainadine lamentou não ter sido abordado para o devido efeito de esclarecimento sobre o sucedido, desconhecendo, por isso, “os objectivos e as reais intenções destas informações na véspera de um jogo tão importante como este”.

“A imprensa deveria simplesmente expor a verdade. Que questionasse os atletas antes de escreverem o que escreveram, pois há muita informação que é passada para fora que não constitui a verdade. Esta é uma delas”, rematou o atleta que, recorde-se, falava esta manhã minutos antes do treino dos Mambas para o jogo diante de Senegal. [OC]

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