Trata-se dos atletas Isac de Carvalho, Telinho e Kito, capitães dos Mambas, bem como de Shaquille e Chico Muchanga, suspensos preventivamente pela federação por alegadamente terem liderado as reivindicações dos Mambas, na Argélia, em torno dos prémios de apuramento aos quartos-de-final.

Texto: Redacção OC

Para além dos cinco atletas acima referenciados, a federação decidiu nos mesmos termos suspender também o assistente do seleccionador nacional, Eduardo Jumisse.

Aliás, apesar de o comunicado não fazer referência directa a este aspecto, os suspensos são tidos pela como os cabecilhas das reivindicações do conjunto dos Mambas na Argélia, sempre em torno do pagamento do prémio de apuramento aos quartos-de-final do CHAN2022.

“Os 23 atletas exteriorizaram um comportamento grosseiro, irresponsável e de chantagem, recusando-se inicialmente a ir a jogo nos quartos-de -final e, posteriormente, a deixar o hotel para iniciar a viagem de regresso a Maputo, no dia 01 de Fevereiro de 2023. Os atletas extravasaram os princípios éticos e de boa conduta desportiva em vigor na FMF, manchando os símbolos da Pátria Amada”, lê-se no comunicado partilhado pela Casa de Futebol.

Num outro desenvolvimento, aquela entidade anunciou que não irá dar provimento ao termo de compromisso que aceitava as exigências dos atletas, relativamente ao pagamento de 60% dos 400 mil dólares norte-americanos a que Moçambique tem direito pelo chegada aos “quartos”.

A federação justifica que o “suposto Termo de Compromisso não tem valor jurídico sem uma aprovação da Direcção Executiva da FMF”. Ademais, – continua o comunicado – “os representantes dos atletas coagiram e ameaçaram o chefe da delegação, Sr. Jorge Bambo (Vice-presidente da Administração e Finanças), a assinar o referido Termo de Compromisso, caso contrário não deixariam o hotel de regresso a Pátria Amada”.

Anunciada a composição da Comissão de Inquérito

Paralelamente à suspensão dos atletas, do assistente de Chiquinho Conde e da anulação do Termo de Compromisso, a federação anunciou a composição da Comissão de Inquérito anunciada no fim da manhã desta sexta-feira, 03 de Fevereiro, pela Secretária de Estado do Desporto.

“A Direcção Executiva decidiu também momear uma comissão de inquérito que se encarregará de num espaço não superior a três meses, averiguar os factos e as circunstâncias que ditaram à prática de actos de indisciplina no seio da SELECÇÃO NACIONAL, na Argélia, durante a disputa do Campeonato Africano das Nações (CHAN-2023). A referida comissão, presidida pelo Dr. José Abudo, integra o Dr. Pedro Sinai Nhatitima, Dr. Sidónio Chavisse, Dr. Suleman Fonseca, Dr. Amílcar Andela e Dr. Zefanias Jonas. Como parte dos seus trabalhos, esta comissão irá ouvir os demais membros integrantes na comitiva da FMF e irá trabalhar no sentido de apurar responsabilidades para posterior tomada de medidas disciplinares pelo órgão competente da FMF”, escreve a entidade gestora do futebol nacional, que termina o comunicado referenciando a necessidade de se pedir desculpas à CAF, à Comissão Organizadora da Competição, bem como a Federação Argelina de Futebol pelos acontecimentos ocorridos em Argel no seio da Selecção Nacional. [OC]

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