Com a ascensão ao Moçambola, domingo último, 11 de Dezembro, do Ferroviário de Quelimane, sobe para seis o número de clubes locomotivas que irão disputar a edição do próximo ano. Dos doze participantes, apenas dois emblemas não têm apoio do Estado.
Texto: David Nhassengo
Trata-se dos Ferroviários de Maputo, da Beira, de Nampula e de Nacala, o Ferroviário de Lichinga e, agora, o de Quelimane, que totalizam a metade dos 12 emblemas participantes no Moçambola2023.
Apesar de os clubes terem sido constituídos através de associações locais, ou seja, por pessoas jurídicas diferentes, verdade é que todos têm a mesma génese: pertencem à empresa pública Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), que é por sinal a única e exclusiva patrocinadora de todos os seis emblemas.
Ao facto de seis emblemas levarem o mesmo nome pela sua génese paternalista, ajunta-se um outro, alarmista: 10 dos 12 participantes são clubes ligados a empresas públicas e instituições de Estado. Ou seja, recebem mensalmente cheques do erário público.
Aos seis ferroviários junta-se nesta extensa lista de privilegiados a UD de Songo, da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), o Costa do Sol da Electricidade de Moçambique (EDM), AD de Vilankulo da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e o recém-promovido Matchedje de Maputo que pertence ao Ministério da Defesa Nacional.
As únicas equipas sem apoio do Estado são a Associação Black Bulls e o Baía de Pemba. [OC]