Os “Guerreiros da Praia” triunfaram numa partida em que estiveram duas vezes em desvantagem no marcador. Nelson bisou – só para não variar.

Texto: Redacção OC

Deu o pontapé de saída Filipe Nyusi, o Chefe de Estado que demostrou, pela enésima vez, a sua veia desportiva. Um remate à praia, antecedido por um aquecimento de craque. Uma acção social completa de um espectáculo que levantou um todo público.

Um público que pouco depois não ganhou para o susto quando os malawianos puseram-se a andar no marcador e a desandar os moçambicanos. Nelson ainda tirou da bicileta uma obra de arte monumental para manter o compasso antes do término do primeiro período, mas foram novamente os vizinhos a provarem que são exímios no contra-relógio: 2-1, já no segundo período.

O cenário surpreendente exigia uma saída das voltas e um rápido regresso ao futebol de praia, modalidade na qual os moçambicanos são uma potência africana. Mas, para este efeito, impunha-se que o resultado alcançasse o seu ponto justo.

Foi assim que Arroz respondeu ao chamamento da pátria. Fê-lo com preces, de quem recita o último verso do refrão do “Pátria Amada”.

Com o 2-2 no último período, coube a Big Rôo desligar a luz no fundo do túnel dos malawianos que, mais tarde, tudo o que viram foi Nelson a dar o último passo de uma dança que levou o público ao delírio, com esse 4-2 que fez a história do primeiro jogo de um CAN em solo pátrio.

Moçambique venceu assim a primeira das quatro finais. E, apesar do susto inicial, a sintonia com o público foi tão perfeita que encurtou a distância entre o empate inicial e a vitória final: é o CAN que está em Vilankulo…[OC]

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