De uma confiança excessiva para um banho de realidade que a meio ainda foi encarrilada pelo seleccionador Alexandre Pontel. Na sexta-feira, 29 de Julho, jogam pela vida: ganhar sim ou sim. Não interessa o adversário.
Texto e Fotos: David Nhassengo (a partir de Agadir, Marrocos)
Há crónicas que são difíceis de fazer. Esta é, seguramente, uma delas. Somos moçambicanos acima de quaisquer qualidades e, como tal, vibramos com as conquistas dos nossos e nos entristecemos com a ausência delas. Este é um desses casos, por tudo o que o mesmo representa.

Como havíamos referenciado após o sorteio, Ainadino Martinho e Jorge Monjane calharam num grupo de morte, com duplas da Nigéria e da Gâmbia, todas as três tidas como candidatas ao pódio.
O que não se podia imaginar era a angústia que acabariam criando, aos moçambicanos, Amadou Jarju e Jahara Koita, da Gâmbia. Venceram facilmente o primeiro set por 21-15, sem que Ainadino e Jorge dessem luta.

Aliás, luta houve no segundo, depois que o seleccionador pedisse que a dupla nacional fosse ela mesma: esforçada e concentrada na suas valências. Com bloqueio, toque de qualidade e talento. Vai daí que venceu por 15-21, forçando um terceiro set no qual os gambianos voltaram a passear a sua classe, vencendo no desempate por 15-10.
Um resultado que deixa, em palavras maiores, bastante retratada uma dupla que, de candidata ao pódio, deve agora ganhar sim ou sim aos nigerianos Obayemi Ogunshima e Simon Hilary se quiser continuar na prova. Tão cedo assim, ainda na fase de grupos…

O encontro decisivo será disputado a partir das 10 horas locais (11h de Maputo) na court 4 da Arena de Agadir. [OC]