Voleibol:: Moçambique ganha privilégios nas praias de Agadir

A um dia do arranque do Africano de Voleibol de Praia, aqui em Agadir, Marrocos, Moçambique foi o País escolhido, entre os 27 participantes, para realizar esta terça-feira, 26 de Julho, a Clínica dos Árbitros que irão ajuizar as partidas.

Texto e Fotos: David Nhassengo (a partir de Agadir, Marrocos)

A escolha da Comissão de Árbitros da Confederação Africana de Voleibol recaiu sobre as quatro duplas nacionais, referenciadas nos corredores de Agadir como fortes candidatas a um dos primeiro quatro lugares, esses que dão acesso ao Mundial de Voleibol.

Aquele organismo pretendia, com os dois encontros, testar e actualizar a competência dos juizes que durante os seis dias irão apitar os jogos, no que às regras diz respeito. Paralelamente a isso, foram utilizados como exercícios práticos para os oficiais que prestam assistência à quadra.

E foi por decisão daquela comissão que os escolhidos para a clínica fossem as quatro duplas moçambicanas, que jogaram entre si quer em femininos, quer em masculinos.

A acção tornou Moçambique no primeiro País, entre os visitantes, a testar a quadra que de 27 de Julho a 01 de Agosto irá acolher os jogos deste Campeonato Africano de Voleibol de Praia aqui em Agadir.

Alexandre Pontel despistou os olheiros

Quando as duplas nacionais foram escolhidas para serem os personagens principais do “refresh” dos árbitros, o céu de Agadir ficou colorido por uma nuvem cinzenta de receio de exposição dos atletas nacionais diante dos adversários, estes que não quiseram perder a exibição. Foram ao local em peso, levando consigo até máquinas de filmar.

E como que a fugir disso, Alexandre Pontel mostrou-se ser também um estratega fora das quadras. Cruzou as duplas em femininos para não ter de utilizar, neste jogo, aquelas que estarão em competição.

Com efeito, Natália jogou ao lado de Vanessa contra Ana Paula e Angêla, quando na realidade Vanessa faz parelha com Ana Paula.

O mesmo não ocorreu em masculinos, jogo no qual as verdadeiras duplas nacionais desafiaram-se no particular: Ainadino e Jorge Monjane contra Osvaldo Mungoi e José Mondlane.

“Uma experiência boa e gratificante”, Ana Paula Sinaportal

Para a atleta Ana Paula Sinaportal, testar a quadra que vai acolher os jogos oficiais foi tão gratificante pois abriu espaço para as atletas sentirem um piso que era tratado como ouro até aqui: estava fechado.

Foi bom não só pelo privilégio de estar ali, mas também porque tivemos a oportunidade de treinar visto que estamos a dois aqui visto que estamos a dois dias aqui, com temperaturas elevadas, muito diferentes das de Moçambique”, referenciou a atleta, acrescentando que, tecnicamente, o treino serviu para “ensaiarmos as bolas que achamos que eram faltas para o árbitro”.

Tudo isto tem nos ajudado a adaptar-nos, o que é bom. A areia daqui é um pouco mais fina em relação a de Moçambique, mas não é algo que possamos reclamar, ou que possa trazer dificuldades para nós. É irrelevante”, disse, ainda, a atleta, que prometeu aos moçambicanos fazer uma boa exibição e, quem sabe, lograr o principal objectivo aqui, em Agadir: estar entre os primeiros quatro classificados que dão acesso ao Mundial 2023, a decorrer no México. [OC]

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