O presidente do Grupo Desportivo Maputo, Paulo Ratilal, chamou esta quinta-feira, 25 de Novembro, a imprensa para reagir em torno da manifestação dos sócios deste emblema que exigem a sua demissão.

Texto: Redacção OC

Com efeito, Paulo Ratilal disse que não se irá demitir do cargo por exigência de 20 pessoas que, tal como fez referência, podem não ser sócios nem adeptos do Desportivo de Maputo, “mas arruaceiros” tendo em conta a forma como manifestaram-se: exibindo dísticos, cantando, dançando e invadindo a sede social do clube.

É que, no entendimento do dirigente, “não podem ser 20 pessoas que chegam aqui, ameaçam o presidente, ameaçam as instalações, perturbam a ordem pública e a direcção é que tem de se demitir porque estes indivíduos assim o querem”.

Aliás, Ratilal disse não ainda sentir que a sua demissão seja uma vontade expressa dos sócios, visto que “o Desportivo de Maputo tem 2.000 sócios”, estes que em breve serão chamados para “reunir em Assembleia-Geral, evento no qual serão apresentadas as contas do clube”.

Eleito em Março, o gestor máximo do emblema Alvinegro fez saber que, como indivíduo, tem um senso de responsabilidade muito grande, ao que “em tudo em que meto eu vou até ao fim.”

Como empresário, continuou, auto-intitulou-se de “muito sério, profissional e íntegro”, um breve parêntesis que abriu para refutar as acusações que pesam sobre si, feitas pelos referidos sócios, da alegada gestão danosa do clube volvidos oito meses desde a sua eleição.

Processos judiciais contra os sócios que se amotinaram nas instalações do clube

Num outro desenvolvimento, Paulo Ratilal prometeu processar todos os sócios que na quarta-feira, 24 de Novembro, amotinaram-se nas instalações do clube pedindo a sua cabeça em bandeja de papel.

Recordou primeiro que Moçambique é um Estado de Direito Democrático, movido por regras de convivência.

“Nós estamos a tratar com as autoridades competentes, nomeadamente a Polícia da República de Moçambique, a Procuradoria-Geral da República, a Direcção Nacional da Justiça e o Ministério do Trabalho. É que não podem ser 20 pessoas a pedir a minha demissão, ameaçando partir o Desportivo”, aclarou, rematando que “criar bagunça é fácil, ao contrário de organizar as coisas”.

“E é isto que incomoda a muita gente, de não deixar haver mais esquemas, comissões, custos exagerados das coisas. Havia um grupo de pessoas que estava aqui a se aproveitar do clube e que, ao ver que nós viemos acabar com isso, decidiu agora arrastar o Claque Alvinegra”, finalizou, sem no entanto revelar os rostos que, no seu entendimento, estão por detrás da revolta dos referidos sócios que pedem a sua demissão por não estar a conseguir pagar, por exemplo, salários aos atletas e outros quadros do clube desde que assumiu as suas funções. [OC]