O Matchedje de Mocuba, Textáfrica de Chimoio e o Desportivo de Maputo contestam a Liguilha de Permanência no Moçambola e pedem a impugnação da mesma.

Texto: David Nhassengo

Numa contestação submetida a diversos órgãos desportivos nacionais, nomeadamente a Federação Moçambicana de Futebol (FMF), a Liga Moçambicana de Futebol (LMF) e a Secretaria de Estado do Desporto (SED), ademais das respectivas associações provinciais, os três emblemas signatários entendem que a decisão foi tomada de forma unilateral pela direcção executiva da federação.

Por este motivo, a mesma é “de duvidosa legalidade porque, a nosso ver, foi tomada por um órgão despedido de legalidade”, ademais de ser “manifestamente inoportuna e injusta”. Lê-se no documento.

Adiante, os três emblemas argumentam que a decisão da criação da Liguilha foi adoptada no decurso da prova máxima, o Moçambola, sem sequer ter havido uma “prévia e profunda consulta aos clubes, pior sem qualquer preocupação de mobilizar consensos”.

Ainda no mar de argumentos dos despromovidos, a criação do torneio está viciada por a mesma não ter passado pelo crivo da Assembleia-Geral quer seja da LMF, quer seja da FMF, órgãos que no entender dos signatários “têm competência para deliberar validamente sobre a alteração do modelo do Moçambola, Liguilha ou Poule, implicando a alteração da composição das equipas”.

“Salvo opinião contrária, é profundamente duvidoso que pode a direção executiva da FMF deliberar unilateralmente sobre o modelo de despromoção ou manutenção dos clubes”, lê-se, ainda, na contestação assinada pelos três emblemas que ocupam a última posição da tabela classificativa da actual edição do Moçambola.

Refira-se que o pedido de impugnação da Liguilha de Permanência no Moçambola já deu entrada esta quinta-feira, 04 de Novembro, na FMF, LMF e SED, isto a cinco dias da realização do respectivo sorteio.

De recordar que o torneio deverá ser disputado de 21 a 27 de Novembro próximo na cidade de Vilankulo. [OC]