Face ao veto do Estádio Nacional do Zimpeto pela Confederação Moçambicana de Futebol (CAF), os Mambas deverão realizar os seus jogos no estrangeiro. A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) aponta quatro cidades como opções.
Texto e Fotos: David Nhassengo
Trata-se de Mbombela e Johanesburgo na vizinha África do Sul, Nairobi no Quénia e Addis Abeba na Etiópia.
No entanto, segundo fez saber Feizal Sidat, presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), “Mbombela é a nossa primeira opção, por ser perto de casa, a 200 quilómetros de Maputo”.
Para este efeito, Sidat desvendou que a entidade que dirige já tem adiantados os contactos junto da congénere sul-africana, nomeadamente a South African Football Association (SAFA).

Nas referidas conversações, segundo avançou o dirigente, Johanesburgo aparece como opção viva em caso de existência de algum impedimento de Mbombela a ser apontado pela SAFA.
“Ou seja, jogar na África do Sul é nossa prioridade e falamos igualmente com a Secretaria de Estado do Desporto (SED) para ver se, a nível político-diplomático, entre em conversações com o Ministério sul-africano do Desporto, Artes e Cultura por forma a viabilizar o nosso pedido”, referenciou.
A FMF tem um plano B e C
Se até aqui os sul-africanos não responderam ao pedido dos moçambicanos, a FMF já pensa em levar os encontros a Nairóbi, Quénia, ou Addis Abeba, Etiópia, os jogos contra Camarões e Malawi, respectivamente para a quarta e sexta jornadas de apuramento ao Mundial de Futebol.
“É que há prazos para indicarmos um campo para acolhermos os dois jogos caseiros. Tínhamos até 17 horas desta sexta-feira, 17 de Setembro. Mas pedimos que nos estendessem o mesmo até segunda-feira, dia 20”, revelou.

Caso vençam os prazos sem Moçambique indicar o campo, nada mais restará à CAF a não ser marcar os jogos em que os Mambas seriam anfitriões na casa do adversário. Alertou Sidat.
“Mas a nós não interessa realizar dois jogos consecutivos contra Camarões na casa deles. Contra o Malawi temos uma situação diferente, pois os malawianos têm também o seu estádio chumbado. É que isso realizam os seus jogos na África do Sul”, explicou.
Jogar fora será oneroso
Questionado sobre o significa, em termos financeiros, a realização de jogos caseiros no estrangeiro, Sidat condicionou a resposta à indicação do campo. Mas disse ser facto que “o orçamento irá sofrer um acrescimento não ordem de 25% a 30% em relação à realização de um jogo no Estádio Nacional do Zimpeto. Mas já estamos a trabalhar com o Fundo de Promoção Desportiva a ver como solucionarmos isso”.
Refira-se que Feizal Sidat fez estes pronunciamentos durante a conferência de imprensa havida quinta-feira, 16 de Setembro, na Secretaria de Estado do Desporto, para a reação ao chumbo grosso aplicado pela CAF ao Estádio Nacional do Zimpeto. [OC]