A ameaça de desistência do Moçambola feita pelo Incomáti de Xinavane, por conta da actuação dos árbitros, não caiu bem para a Liga Moçambicana de Futebol (LMF). Patrocinadores incomodados.
Texto: Redacção OC
Sem fazer o juízo do valor das reivindicações para não alimentar a polémica e também para não tomar partido, a entidade gestora do Moçambola entende que houve exagero por parte do Incomáti ao ameaçar desistir da prova.
Assim sugeriu Augusto Pombuane, vice-presidente da LMF, que falava para os microfones da Rádio Moçambique durante o balanço da primeira volta do Campeonato Nacional de Futebol.

Para Pombuane, é papel principal dos gestores dos 14 clubes defenderem a imagem da prova devendo, por isso, distanciarem-se deste tipo de pronunciamentos que nada abonam.
Por outro lado, o vice-presidente da Liga pediu aos árbitros que contribuam também para o bom espectáculo do futebol moçambicano e que deixem de ser os principais protagonistas a cada jornada.
Ameaça criou mal-estar nos patrocinadores
A ameaça do Incomáti agitou também alguns patrocinadores da prova que chegaram a questionar a LMF sobre os efeitos de uma provável desistência a nível financeiro e de planificação.
Mas quem se viu mesmo sacudida por uma tempestade perfeita foi a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que se viu plantada por aquele clube.

Conforme apurou OC-Olho Clínico, até quinta-feira, 05 de Agosto, o Incomáti de Xinavane não tinha enviado a lista de atletas, técnicos e oficiais que deveriam embarcar, no dia seguinte, para a cidade da Beira – de onde seguiriam de estrada para Chimoio, para o jogo diante do Textáfrica a 08 de Agosto.
Por via disso, o avião das LAM acabou partindo com destino a cidade da Beira na manhã de sexta-feira, 07 de Agosto, com 23 lugares vazios, esses que deveriam ser ocupados pela delegação de Incomáti.
Uma ocorrência que provocou enormes prejuízos para as contas da companhia de bandeira e também para a Liga de Clubes.

E foi diante da iminência da primeira falta de comparência no Moçambola2021 que altos quadros da Secretaria de Estado do Desporto e da LMF intercederam, tendo por fim conseguido convencer o Incomáti a deslocar-se de Xinavane a Chimoio por via terrestre. A equipa só chegou no campo da Soalpo a 20 minutos do apito inicial.
Para todos os efeitos, o clube já informou que desistiu da ideia de abandonar a prova, ao menos por essa porta tão pequena que, por castigo, ficaria fechada para sempre para aquele emblema. [OC]
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