A selecção nacional de futebol de praia desembarcou na manhã desta quarta-feira, 02 de Junho, em Maputo, ida de Dakar, com escala em Lisboa. Na bagagem, sorrisos largos, uma medalha de prata, um título de vice-campeão africano e um visto colorido para o Mundial da Rússia.
Texto: David Nhassengo
À chegada no Aeroporto Internacional de Mavalane, um batalhão de jornalistas e alguns populares aguardava bem agasalhado pelo regresso anunciado dos vice-campeões africanos.
Só não foi desenfreada a corrida porque todos recordaram-se de que a distância salva hoje vidas. Mas desassossego não faltou para a captura das primeiras imagens, para a primeira entrevista, para o abraço parental que encurta o último suspiro da saudade.

Aquela multidão, logo nas primeiras horas do dia, devolveu vida a um local que é hoje – por culpa do maldito novo coronavírus – um canto do melódico mas ao mesmo tempo melancólico cantar dos pássaros, esse ofuscado por vezes pelo roncar dos aviões.
E os vice-campeões? Já estavam aí, de volta à casa, tão bons filhos!
Desembarcaram com sorrisos largos. Com o sentimento de missão e dever cumpridos como música de fundo.

Pela pompa gerada pela calorosa recepção puderam receber, ainda que em porção diminuta, a gratidão de uma toda nação que viu as cinco cores da sua bandeira destacada no mapa africano. Um povo, diga-se, satisfeito e orgulhoso dos filhos que gerou, estes talentosos pés descalços que têm agora o dever de carregar um todo continente para o Mundial da Rússia. Isso em Agosto próximo…

Os rapazes já cá estão. Toda a honra e glória para eles. Afinal, é graças a eles, sob o comando desse mestre da táctica que é Abineiro Ussaca, que Moçambique deve ser chamado com algum respeito quando a conversa gira em torno do futebol de praia: é vice-campeão e tem, ainda, o melhor jogador africano da modalidade e o melhor marcador: o Nelson Manuel. OC
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