Passadas pouco mais de seis semanas de exposição, os atletas, técnicos e oficiais dos 14 clubes participantes no Moçambola vão nova e finalmente ser testados para o novo coronavírus, no cumprimento das recomendações deixadas pelo Chefe de Estado.
Texto: Abiatário Rombane
Com efeito, a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) procede à entrega de testes rápidos de Antígeno do novo coronavírus aos clubes da prova máxima, através da Liga Moçambicana de Futebol (LMF).
A acção decorre no âmbito dos esforços conjuntos e do plano para a retoma do Moçambola, suspenso a 08 de Fevereiro por falta de testagem dos seus intervenientes.

Aliás, a 03 de Março último, o Chefe de Estado autorizou de forma excepcional a retoma ao treinamento dos 14, condicionando-a à realização de testes semanais, facto que, até aqui, passadas pouco mais de seis semanas não havia sido cumprido pelas colectividades.
Se por um lado os emblemas alegam falta de condições financeiras para suportar a testagem, por outro a federação anunciou, a 29 de Janeiro – tendo-o reforçado a 03 de Março durante o encontro com o Chefe de Estado –, a disponibilidade de 100 mil dólares norte-americanos para a aquisição e a realização de diagnósticos semanais nos clubes até ao fim da prova máxima.
A Liga Moçambicana de Futebol (LMF) prometeu, por sua vez, arranjar soluções alternativas para viabilizar a testagem dos actores do Campeonato Nacional de Futebol.
Mas tudo não passou de tiro de pólvora seca, a ponto de os clubes estarem numa situação de violação sucessiva e deliberada dos decretos números 7/2021 de 05 de Março e 17/2021 de 06 de Abril, ambos do Conselho de Ministros que versam sobre a Situação de Calamidade Pública.

Aqueles dois instrumentos, sendo um a continuidade do outro, grifam que “a retoma dos treinos é condicionada à realização de testes semanais de COVID-19 sendo que, os atletas que testarem positivo, serão submetidos ao isolamento domiciliar obrigatório”.
A avaliação da qualidade dos testes demorou o processo
Depois do anúncio dos 100 mil dólares norte-americanos para a aquisição e realização dos testes rápidos nos clubes, a FMF abriu entre Fevereiro um concurso público para a escolha do fornecedor do material.
Por não ser sua vocação, aquele organismo desportivo limitou-se a cumprir o papel de financiador, cabendo ao Instituto Nacional de Saúde (INS) a escolha da empresa fornecedora que naturalmente deveria ter a certificação do Ministério da Saúde.

Segundo apurou OC-Olho Clínico, o laboratório de referência nacional para além de apurar o vencedor do concurso teve de avaliar minuciosamente a qualidade dos testes, facto que levou o seu tempo.
Adiante, coube ao INS o papel de formar os responsáveis clínicos dos clubes em matérias de manuseamento dos respectivos testes rápidos e recolha das amostras, uma acção coordenada pela LMF e que decorreu entre 11 e 16 de Março em todo o País.

É neste contexto que, com o fornecedor já identificado e com os testes já disponíveis, a federação procede à entrega do material esta terça-feira, 20 de Abril, à LMF. Esta por sua vez fará chegar aos clubes.
Ainda assim, nada garante que o Moçambola retomará em breve…OC
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