A selecção nacional voltou a perder diante dos Camarões, desta vez em Maputo, para a quarta jornada da fase de apuramento ao CAN2021.
Por: Redacção
Com um conjunto remendado, com ausências tónicas incluindo a do seleccionador nacional Luís Gonçalves por conta do surto de COVID-19 que arrasou o quadro nacional, os Mambas até demonstraram carácter. Vontade de querer discutir o jogo pelo jogo.
Foram ousados e fecharam-se no seu próprio planeta, pouco preocupados se o adversário chega, ou não, com mais perigo na sua baliza. Quiseram era atacar, com critério na construção das jogadas ofensivas, sob a liderança de um veterano e capitão Dominguês.

Disso exemplo foi o lance em que, na zona de rigor, o central Onguene teve de travar com falta a progressão de Luís Miquissone. Jogava-se o minuto 21 da primeira parte.
O árbitro não hesitou e apitou para a grande penalidade. Reginaldo Faite que não é assíduo nesses lances, nem por cá nem por lá no Cazaquistão onde só marca golos corridos de vez em quando, pegou estranhamente na bola para demostrar que o que tem a mais é a pontaria. Atirou para o poste direito de Onana.
Vincent Aboubakar: o pesadelo da defensiva nacional
Depois do falhanço de Reginaldo Faite, o combinado nacional nunca mais foi o mesmo. Deixou-se abalar. Perdeu a crença nela mesma e no banco técnico a ausência de um líder, de um motivador como Luís Gonçalves para levantar a equipa foi poética.
Havia, isso sim, um adjunto, um Tiago (In)Capaz, que mais parecia estar à espera de uma chamada com ordens do que necessariamente saber o que fazer diante da quebra de confiança da selecção de um País com 30 milhões de habitantes.

Ao susto da grande penalidade os Camarões responderam com golo. Decorria o minuto 25 quando Vincent Aboubakar apareceu isolado na cara de Frenque e, com toda a naturalidade do mundo, fez o 1 a 0. O seu particular hat-trick de golos contra os Mambas.
Reginaldo desistiu do jogo, mas ficou Ratifo
A segunda parte iniciou e os Mambas até pareciam ter recuperado o que perderam com a grande penalidade. Mas bastaram 12 minutos para Tiago Capaz confrontar-se com uma nova contrariedade: Reginaldo queixou-se de dores e pediu para sair. Entrou para o seu lugar Isac.
Como resposta, N’Jie cedeu lugar a Tabekou que, volvidos 11 minutos em campo, marcou. Do lado direito do ataque, Ngamaleu fez a bola cruzar a grande área moçambicana perante o olhar inocente de todos aqueles que tinham a missão de defender a baliza. O extremo surgiu no segundo poste para fazer o 2 a 0. Decorria o minuto 72.

Depois disso, foi o que se viu: aos 75 Luís Miquissone tirou um remate do meio da rua para uma defesa incompleta de Onana. Na recarga, Ratifo revelou-se: com a baliza escancarada, tocou a bola para fora e foi ele a terminar dentro da baliza.
Já em cima do minuto 90, Sidique subiu pela direita do ataque e, à entrada da grande área, deu a bola a Dominguês que sem marcação atirou por cima desde a zona de grande penalidade.
Moçambique perdia assim o segundo jogo consecutivo diante de Camarões, conservando todavia a segunda posição da tabela classificativa com quatro pontos disputaria quatro jogos. OC
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