Após a goleada imposta pelos Camarões, o selecionador nacional de futebol denunciou uma alegada tentativa de condicionamento psicológico da equipa, perpetrado por um oficial da Confederação Africana de Futebol (CAF).
Por: David Nhassengo
Falando para a RM-Desporto logo após o apito final, Luís Gonçalves explicou que antes do encontro recebeu uma informação de que os atletas Reinildo Mandava e Reginaldo Faite não deveriam ser alinhados no encontro.
Sem no entanto dar detalhes sobre o sucedido, soube OC-Olho Clínico que o Comissário da CAF terá colocado dúvidas a respeito dos resultados negativos dos testes para o novo coronavírus feitos aos dois atletas na véspera do jogo.
Foi necessário contactar-se a clínica local que foi responsável pela testagem da delegação nacional, tendo esta ido a tempo de confirmar que o diagnóstico era realmente limpo. Decorria o encontro.

Aliás, sempre de acordo com o técnico, “Reinildo até estava no onze inicial, mas afinal já não podia equipar. Ele e Reginaldo. Mas depois fomos informados que já podiam equipar. Eu só fiquei a saber que já podia utilizá-los quando estava a decorrer o jogo, eles no banco”.
Visivelmente agastado com a situação, Luís Gonçalves sentenciou que “não se pode brincar com jogadores profissionais de futebol como fizeram aqui” e, partindo em defesa dos dois craques, disse serem “excelentes profissionais que estavam completamente condicionados sob o ponto de vista psicológico”.

“Infelizmente um doutor da CAF, chamado Miguel, andou a brincar com Moçambique. Peço desculpas mas tenho de dizer isto aqui. Andou a brincar com Moçambique. Nós não podemos continuar a aceitar isto”, denunciou o técnico. OC