Pesada derrota diante dos Camarões encerra a nossa estadia em Doualá.

pOR: aBIATÁRIO ROMBANE

Já era demasiadamente sabido que os Mambas tinham pela frente um jogo desafiante, tendo em conta a angústia que os Camarões criam a qualquer adversário. Mas impensável era de todo que uma luz de túnel se pudesse apagar de um jeito tão cruel, com a goleada como música de fundo.

Perdemos um jogo em que a nossa presença em campo durou nada mais do que 40 largos minutos. Ou seja, até quando Vincent Aboubakar cansou-se de falhar. Aquele ponta-de-lança fez, de cabeça, o 1 a 0 com o qual as duas equipas foram ao intervalo. Na sequência de um pontapé de canto.

A segunda etapa iniciou tal como terminou a primeira: com golo dos Camarões. Com os Mambas a sofrerem uma vez mais. Com um Aboubakar feliz. 2 a 0 no minuto 47.

Sem dar luta, os Mambas voltaram a consentir um golo na sequência de mais um pontapé de canto. O extremo André Zambo Anguissa tirou maior proveito de todas as facilidades do processo defensivo nacional em lances de bola parada para atiçar o velho debate das gentes do futebol: será o 3 a 0 uma goleada?

À entrada do último quarto de hora, dois jogadores saídos do banco de suplentes reivindicaram a titularidade no quadro nacional. Reinildo enviou uma bola aérea longa a Kamo-Kamo que, desmarcado, bateu Onana, reduzindo a desvantagem para 3 a 1.  

O inconformismo com o resultado mudou de posição e foram os donos da casa que foram atrás de mais. Aliás, tanto procuraram que o marcador eletrônico do Stade de La Réunification sentenciou o abalo sísmico: 4.1, por Clinton N´Jie.

E foi assim que terminou a digressão nacional a Doualá: com mais pena do que glória e uma gota de esperança de, no próximo dia 16 de Novembro, todos descermos no Zimpeto com alguma lição estudada. Até porque quem joga para ir ao CAN2021 não são os Leões Indomáveis: eles já lá estão. OC