A direcção do Desportivo de Maputo, liderada por Inácio Bernardo, decidiu ceder à forte pressão exercida pelos adeptos e sócios e vai demitir-se em bloco. Agrava-se a crise de um gigante adormecido. Sem treinador, sem jogadores e agora sem dirigentes…

por: abiatário rombane/redacção

A garantia foi dada por Danilo Liasse, porta-voz do clube e membro da direcção, em resposta a mais uma acção de protesto que levou os adeptos e sócios alvinegros quarta-feira, 23 de Setembro, para a sede do clube, exibindo tarjas com mensagens claras, como essa de “JÁ CHEGA! Mentirosos”.

Conforme garantiu Liasse, diante de tanto barulho “chegámos à conclusão de que, para o bem estar da família alvinegra, a demissão da direcção seria a melhor solução”. Aliás, como que a se abater de sinceridade, anotou que “está claro que esta direcção não está em condições de zelar pelo clube”.

No entanto, a saída não será para já, tal como exigem os manifestantes. Será para um tempo depois, segundo deu a conhecer Liasse, sem no entanto sentenciar que os protestos sejam tiro de pólvora seca.

“Há condicionantes que devem ser seguidas para que o presidente demita-se e o seu elenco. Pelos estatutos, vamos desencadear todo um processo para seguir o que os adeptos querem”, anotou, para explicar que o pedido será agora encaminhado para o presidente da Mesa da Assembleia-Geral que deverá marcar um encontro deste órgão para chancelar a demissão em bloco de Inácio Bernardo e os seus.

Crise agrava-se no Ninho da Águia

A queda em bloco da direcção acontece há pouco menos de uma semana de Dário Monteiro demitir-se do cargo de treinador da equipa principal daquele emblema.

Para além da falta de salários do que vai do ano 2020 e parte do ano passado, aquele técnico viu-se sem jogadores para poder arrancar com as actividades naquele emblema, autorizada que está a retomada ao treinamento das equipas do Moçambola desde 15 de Setembro.

Sabe OC-Olho Clínico que grande parte dos activos do Desportivo de Maputo rescindiu com aquele emblema por incumprimento das obrigações contratutais por parte do clube, sobretudo no que ao pagamento de salários e luvas diz respeito. OC