Em desespero de causa, os clubes querem liderar o processo da retomada do futebol. Solicitam, por isso, uma audiência com o Presidente da República para abordarem o resgate desta modalidade no País, face à evolução da pandemia do novo coronavírus. Querem libertar-se da imensidão das dúvidas, umas geras, outras ainda não criadas.
Por: Abiatário Rombane/Redacção
A posição foi vincada pelos 14 clubes do Moçambola e pela Liga Moçambicana de Futebol (LMF), em reunião que ambos mantiveram segunda-feira, 31 de Agosto, na sede da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), em Maputo.
O encontro visava encontrar soluções para a possível retomada aos treinos e, por conseguinte, do Moçambola, que em princípio não terá público nas bancadas. No entanto, sem datas definidas para o arranque das duas actividades, um facto que está a afundar ainda mais a vida financeira dos clubes, os presidentes dos 14 decidiram que é chegada a hora de recorrer à via rápida para a busca de uma solução que salve o pouco que resta do futebol nacional.

E qual? Chegar às falas com o Presidente da República. O Mais Alto Magistrado da Nação porque, “como todos sabem e, acreditamos, é muito sensível à questão do futebol, sobretudo à do Moçambola, na qual teve, aliás, uma participação activa na materialização da edição passada da prova”, conforme explicou Junaide Lalgy, que foi o porta-voz dos 14.
Sempre de acordo com a fonte, é neste aguardado encontro com Chefe de Estado que os clubes deverão transmitir as dificuldades geradas pela pandemia e, por conseguinte, lançar o grito de socorro, numa altura em que muitos estão à beira da falência devido à paralisação das suas actividades.

Ou seja, para a audiência que deverá ser concedida “queremos levar os nossos problemas e abordar tudo o que nos vem à alma sobre o que se deve fazer para que o futebol seja viável nos moldes actuais”.
Apesar a existência de instituições que podem mediar este assunto, como são os casos da Secretaria de Estado do Desporto (SED), FMF e até mesmo a LMF, Lalgy sublinhou que “queremos ser nós, os presidentes dos clubes, por via da Secretaria de Estado do Desporto, a marcar uma audiência com o Presidente da República”.
Queremos soluções e não dúvidas – Inácio Bernardo
Falando igualmente após o encontro, o presidente do Grupo Desportivo Maputo, Inácio Bernardo, reforçou que a decisão dos clubes de chegar ao diálogo com o Presidente da República não demite as instâncias superiores das suas reais competências, como as de mediar este assunto.
Pelo contrário. Disse o dirigente alvinegro que “estamos com a LMF e queremos aqui juntar a FMF e a Secretaria de Estado do Desporto para que juntos tomemos esta decisão (de dialogar com o Chefe de Estado)”.

“O que nós queremos é que haja soluções. Não podemos continuar na dúvida. Nós os clubes estamos preocupados. Nós é que passamos o dia—a-dia dos problemas que temos para com os nossos atletas”, boldou, em itálico.
O presidente alvinegro pediu, no entanto, dinâmica no tratamento do pedido de audiência junto do Chefe de Estado, de modo a que não cheguem os meses de Outubro e Novembro, que nos seus cálculos deverão tornar ainda mais caótica a vida financeira dos clubes.
É que sem treinos, sem competição e sem apoio dos patrocinadores que condicionaram a retoma do apoio ao arranque das actividades desportivas, alguns emblemas deverão encerrar as portas. OC
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