Com esta recomendação, os gestores desportivos dizem pretender reduzir o risco de infecção pelo novo coronavírus a que correm os atletas e treinadores autorizados a regressar aos treinos pelo Chefe de Estado. Decisão nas mãos do Comité Olímpico de Moçambique.

Os gestores das federações desportivas abrangidas pelo relaxamento das restrições no âmbito do desporto, recentemente anunciado pelo Chefe de Estado, Filipe Nyusi, defendem também a observação escrupulosa de medidas de segurança por forma a evitar a exposição dos atletas e técnicos face ao alastramento da Covid-19 no nosso País.

Recomendam, por isso, a criação de condições para o isolamento em um centro de estágio durante esta fase preparação, até à normalização da situação pandémica no País.

Tal defende Pelágio Pascoal, secretário-geral da Federação Moçambicana de Voleibol, para quem o sucesso do controlo rígido dos atletas depende da concentração dos mesmos num único.

“Facilitaria a partir do momento em que atletas e os técnicos poderiam fazer o mesmo trajecto de e para os treinos em conjunto, numa determinada hora e com um transporte específico”, sustenta.

Por sua vez, o presidente da Federação Moçambicana de Vela e Canoagem chega a identificar o local ideal para a criação do centro de estágio para os atletas em preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio. A Vila Olímpica. No bairro do Zimpeto.

“É uma mais-valia para a acomodação de todos atletas num único espaço, visto que, se continuarmos assim, com eles dispersos, será complicado fazer a gestão da sua segurança”, considera.

Da Rosa vai ainda mais longe ao contextualizar o cenário a que se encontra grande parte dos atletas e técnicos, referindo que “alguns apanham chapa. Durante o percurso que fazem das suas casas até ao local de treinamento podem ser infectados pelo novo coronavírus”.

Uma saudação ao Chefe de Estado

Para além da recomendação da colocação dos atletas e técnicos num centro de estágio, os gestores das federações desportivas nacionais saúdam o Chefe de Estado, Filipe Nyusi, por autorizar o regresso aos treinos de atletas da alta competição.

Caracterizam a decisão de sábia, visto que “contribuirá para a manutenção da capacidade física dos atletas contribuindo, deste modo, para a crescente melhoria da qualidade dos mesmos”.

Apesar dos Jogos Olímpicos terem sido remarcados para o próximo ano, os gestores desportivos defendem a importância do treinamento, “até porque alguns atletas devem competir ainda em torneios internacionais de apuramento, assim que a situação pandêmica normalizar-se a nível internacional”. OC